Em
reunião nesta terça-feira, 19 de novembro, no Palácio da Abolição, entre o secretário-chefe de Gabinete do Governo do Estado do
Ceará, Élcio Batista e integrantes do Movimento S.O.S Conjunto Ceará, Associação dos
Empreendedores do Polo de Lazer, Governança do Polo de Lazer e Coletivo
Território Criativo, Governo e comunidade voltaram a dialogar na busca por uma
solução definitiva para as questões que estão atrasando a obra de reforma e
requalificação da praça principal do Conjunto Ceará.
Os representantes reclamaram da falta de
definição por parte do Governo e cobraram uma resolução. As instituições
presentes ressaltaram que os empreendedores acumulam prejuízos e que as
condições do polo pioraram, principalmente depois que a construtora quebrou
todo o lugar e não concluiu a obra, deixando o espaço que já tinha uma série de
problemas estruturais, ainda mais degradado.
O Movimento quis saber por que
Prefeitura e Governo do Estado não conseguem realocar os empreendedores do polo
em outro local para que eles possam continuar trabalhando durante a execução da
reforma. Considerando, por outro lado, que a Prefeitura não apresentou nenhuma dificuldade para
transferir e realocar os empresários da feira da Parangaba para dentro do polo
de lazer com toda a estrutura necessária, adequação do espaço, iluminação e
terrenos públicos valiosos, entregues gratuitamente para esses comerciantes, em
sua maioria de fora do Conjunto Ceará.
A comunidade questiona a falta de
informações sobre a obra, pois não conhece o projeto final, não sabe o
tamanho dos quiosques e nem quantos serão construídos, ou mesmo se, e como foram
acolhidas as adequações propostas pela comunidade ao projeto inicial
apresentado pelo Governo.
A ausência de um representante oficial
do governo no local da obra para prestar esclarecimentos e informar à população
sobre o andamento dos trabalhos, além de tirar as dúvidas dos empreendedores e
da comunidade, foi apontado como um fator que gera insegurança, confusão de
informações, e abre espaço para oportunismos e interesses eleitorais que
prejudicam o andamento da reforma e desagregam empreendedores e comunidade.
Além disso, a comunidade reclamou da falta de
entendimento entre Governo e Prefeitura que não conseguem entrar em acordo para
cadastrar os empreendedores, definir outro local para eles ficarem enquanto
reformam o polo, emitir um documento garantindo o retorno de todos eles para o
Polo após a reforma, e retomar a obra.
Avanços e
resoluções
O
governo indicou um novo interlocutor que deverá acompanhar de perto e interagir
com a comunidade representando oficialmente o poder público;
Governo
e Prefeitura terão novas reuniões conjuntas, começando ainda nesta semana, para
tentarem se organizar para responder às demandas da comunidade e retomar a
obra;
Foi
criado um grupo de trabalho entre Governo e comunidade para buscar a solução
dos problemas, mediar conflitos e tentar acelerar a reforma do polo de lazer;
A
comunidade permanecerá mobilizada e buscará avançar em outras áreas importantes
para o futuro do Polo de Lazer como a discussão sobre as políticas públicas que
serão adotadas no pós-reforma.
Entre elas, ações governamentais de apoio às juventudes; segurança pública e direito dos jovens à cidade e aos espaços públicos; apoio aos coletivos e grupos culturais e aos artistas locais; qualificação, crédito e apoio aos empreendedores do polo de lazer e entorno; organização de calendário de eventos e apoio do poder público a essas atividades; o reordenamento urbano do território; e a organização e governança do novo Polo reformado.
Prof. Joatan Freitas
Território Criativo
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