quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

Poema para Paulo Freire

Não sou Poeta.
Não sou matemático.
Não sou Educador.
Não sou nordestino,
(O Nordeste é uma invenção).
Só hoje eu descobri
Que eu sou um homem
Sem memória, sem identidade.
Será se sou ao menos um energúmeno?


sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

O Movimento Hip Hop e a ascensão do Lumpesinato

Nesta última terça-feira (03/12), referências e intelectuais orgânicos do Movimento Hip Hop que pensam e orientam organizações periféricas nas suas lutas sociais conversaram sobre a “teoria marginal” que influencia a periferia há 30 anos no Ceará. A discussão sobre hip hop e lumpesinato contou com a participação histórica de lideranças do movimento no Ceará. Na pauta estavam questões polêmicas sobre a centralidade do trabalho, o papel do lumpesinato e as lutas de classes. O evento ocorreu na Livraria Lamarca, localizada Av. da Universidade, no Benfica.


Sobre o significado da terminologia Lumpesinato não há unanimidade, sendo as principais discordâncias no âmbito dos marxismo acadêmico. Já o Dicionário Online de Português descreve o lumpem com base na “teoria marxista, termo que designa o proletariado, a camada social desprovida de recursos econômicos, sem emprego formal nem consciência de classe; lumpemproletariado”.

Conforme o prof. Joatan Freitas, um texto antigo do Comando Político Unificado que integrava a Juventude Vermelha, a La Femme e o Movimento Hip Hop, entre outros, já discutia a condição extemporânea do lumpem e apontava para a existência de uma “classe social até então desprestigiada e mesmo depreciada pela esquerda tradicional e pelos chamados “marxistas ortodoxos”.

Os teóricos marxistas parecem atrelar o lumpem ao proletariado, pois colocam-no na condição de derivação deste, sem autonomia de classe, ou quando muito, confundindo a situação do lumpem com o “trabalho precariado” ou com o conceito desenvolvido por Marx sobre o exército industrial de reserva. De fato, esta é uma questão refutada pelo movimento e pela discussão no campo hip hop pelo menos há mais de três décadas.


Esse movimento colocava-se como instrumento para desenvolver junto ao lumpem pobre a subjetividade necessária para construir o movimento revolucionário dos “excluídos”.  Avaliava que o capitalismo já atingia o estágio da barbárie e que nesta fase crescia a exclusão e assim aumentava imensamente a classe social, agigantava-se também a tarefa de organizá-la, conscientizá-la e direcioná-la para a tomada do poder.

Fontes:
Comando Político Unificado (CPU) – Material de Formação Filosofia da Práxis, 2005.

Debate: "Conjuntura política e os direitos humanos no Brasil"


Nesta quinta-feira (05/12), ocorreu o debate sobre "Conjuntura política e os direitos humanos no Brasil", com a Deputada Federal Luizianne Lins; o Dep. Federal Hélder Salomão (presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos deputados); o Dep. Federal Airton Cirilo; Mário Mamede (ex-secretário nacional de Direitos Humanos do Governo Lula) e Martír Silva, membro da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD). A atividade aconteceu na Sede do Partido dos Trabalhadores (PT), por volta das 19h, na Avenida da Universidade, em Fortaleza.

Selfie

A deputada Luizianne denunciou os maus tratos aos detentos nas prisões do Ceará, solicitando inclusive uma audiência com o Governador Camilo Santana para interpelar essas ações abusivas. Luizianne também citou a questão dos direitos humanos em relação à privacidade dos cidadãos, principalmente, no sentido de garantir a proteção e privacidade dos dados, evitando as Fake News. Já o deputado Hélder Salomão fez um histórico dos avanços e limitações dos direitos humanos no país.
Foto: Ana Cristina
Na ocasião, o prof. Joatan Freitas cumprimentou a deputada Luizianne Lins por seu papel na CPI das Fake News e pela luta em defesa dos mais necessitados, além de reafirmar a sua disposição em defender um projeto democrático e popular para a cidade.

Fotos: Ana Cristina

Fonte:
https://mensajeronews.blogspot.com/2019/12/luizianne-promove-debate-sobre.html