sexta-feira, 10 de agosto de 2012

HOJE EM CARTAZ: À PROVA DE FOGO

Espetáculo teatral continua hoje às 19h00 no Teatro Celina Queiroz – UNIFOR – ENTRADA FRANCA.

Ontem (09/08), às 19h00, o espetáculo A Prova de Fogo, de Consuelo de Castro, foi apresentado em Fortaleza, no Teatro Celina Queiroz - UNIFOR. Antes do início da peça foi exibido um documentário com depoimentos de Alípio Freire, José Dirceu, Wanderley Caixe, Marcelo Rubens Paiva e Fernando Gabeira.

A Prova de Fogo” foi a base do curso de interpretação idealizado por Paulo Betti que teve, em seus primeiros momentos, a participação dos quatro sócios e amigos da Casa da Gávea (Vera Fajardo, Paulo Betti, Rafael Ponzi e Cristina Pereira). Encantada com a possibilidade de realizar um trabalho mais aprofundado com esses talentosos atores, Vera escolheu prosseguir na longa jornada e enfrentar o desafio de dirigir o belo e comovente texto de Consuelo de Castro. Resgatar o emblemático ano de 1968 é relacionar o fervor político às transformações humanas desencadeadas pela negação às regras. É ligar a nossa juventude, humanamente, ao passado, revelando as contradições, o medo, a opressão, os valores, a crença no coletivo, as paixões.

REALIZAÇÃO DO EVENTO
O Evento é de realização da Comissão da Anistia do Ministério da Justiça em parceria a Coordenadoria Especial de Políticas Públicas dos Direitos Humanos do Governo do Estado (COPDH/CE), a Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa, as Secretaria Estaduais da Justiça, da Cultura e do Trabalho, a Secretaria de Direitos Humanos de Fortaleza, a Câmara Municipal de Fortaleza, a UNIFOR, a Associação 64/68 - Anistia, o Comitê Cearense pela Memória, Verdade e Justiça, o Instituto Frei Tito, os Aparecidos Políticos, dentre outros órgãos públicos e entidades da sociedade civil.

SOBRE O TEXTO
A Prova de Fogo” se passa durante a ocupação do prédio de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (USP), na rua Maria Antônia, em 1968, às vésperas do AI-5. A trama narra os embates sofridos pelos estudantes contra a repressão e as divergências ideológicas entre o líder estudantil Zé Freitas e seus opositores dentro do próprio movimento. Freitas propõe a desocupação da Faculdade, em aceitação às exigências do governo, mas é deposto pelos estudantes que defendem uma postura ofensiva no confronto com a polícia. Envolvidos pela atmosfera tensa da ditadura militar, os conflitos políticos e humanos se intensificam durante a narrativa, revelando também a efervescente revolução cultural da época. Freitas vive o fim de um relacionamento com Júlia Silva, sua opositora, ao mesmo tempo em que se envolve com Rosa Prado, uma jovem burguesa que perde a virgindade com o líder estudantil.

SOBRE A AUTORA
Escrito em 1968, A Prova de Fogo é o texto de estréia da autora Consuelo de Castro, proibido pela censura durante anos e sendo premiado em 1974 pelo Serviço Nacional de Teatro (SNT), com o título de “A Invasão dos Bárbaros”.

Consuelo ainda é autora de “À Flor da Pele”, de 1969 (Prêmio da Associação Paulista de Críticos Teatrais – APTC). Em 1974, com “Caminho de Volta” ganhou o Prêmio Molière, o APTC e o prêmio Governador do Estado de São Paulo como melhor autora teatral. No ano seguinte, “O Porco Ensangüentado” e “A Cidade Impossível de Pedro Santana” venceram o concurso de dramaturgia do SNT. Na década de 80, escreve “Louco Circo do Desejo”, “Script-Tease” e “Uma Caixa de Outras Coisas”, espetáculo de 1987, dirigido por Antônio Abujamra. Tem seu texto “Medéia: Memórias do Mar Aberto” lido no auditório da Folha de S.Paulo em 1997 assim como “Making Off”, de 1999. “Only You” ganha a cena em 2000 sob a direção de José Renato.

SOBRE A DIRETORA
A Prova de Fogo” é a primeira direção da atriz Vera Fajardo. Vera, que tem praticamente todos os seus 39 anos de carreira dedicados ao teatro, produzindo a maioria de seus espetáculos, atuou em peças como "3 Maneiras de se Dançar um Tango", "Obscena Senhora D“, "Perversidade Sexual em Chicago", "Baal", "Há Vagas para Moças de Fino Trato", "Bente Altas - Licença pra Dois", "Álbum de Família", "Trivial Simples", "Os Órfãos de Jânio", "O Caso do Vestido", "O Homem que Viu o Disco Voador", “Relicário de Rita Cristal”, “O Mundo é um Moinho”, “Eu Augusto dos Anjos”, “Hedda Gabler” e “A Tartaruga de Darwin”, do espanhol Juan Mayorga, encenada este ano, em comemoração aos 40 anos de carreira de Cristina Pereira, com direção de Paulo Betti e Rafael Ponzi. Sócia fundadora da Casa da Gávea, Vera criou e dirigiu o Ciclo de Leituras da Casa por 12 anos.

OBJETIVO
Este projeto tem como objetivo levar o espetáculo principalmente para a classe jovem e estudantil com ampla informação e reflexão dos acontecimentos durante o regime ditatorial brasileiro, contribuindo para a conscientização daqueles que não viveram naquele período, preservando hoje a memória dos fatos e prevenindo o futuro para a não repetição daqueles atos arbitrários. Antes do espetáculo, será exibido um documentário de aproximadamente 20 minutos com depoimentos de Alípio Freire, José Dirceu, Wanderley Caixe, Marcelo Rubens Paiva e Fernando Gabeira.

FICHA TÉCNICA
Texto: Consuelo de Castro
Direção e Adaptação: Vera Fajardo
Elenco: Igor Vogas
Mariela Figueredo
Maria Ana Caixe
Daniel Lopes
Camila Moreira
Kalísley Rosinski
Victor Gorgulho
Pedro Henrique Nunes
Pedro Logän
Marcéu Pierrotti

Iluminação: Moisés Farias
Figurino: Letícia Ponzi
Cenário: Vera Fajardo e Pedro Logän
Supervisão de Cenário: Letícia Ponzi
Trilha Sonora: Vera Fajardo
Direção Musical e Canções Originais: Pedro Logän
Operadora de som e Sonoplastia: Ângela Sant’anna
Preparação Corporal: Duda Maia
Preparação Vocal: Jaqueline Priston
Assistente de Direção: Maria Alice Mansur
Projeto Gráfico: Pedro Logän


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